Em entrevista ao jornal O Globo, comandante rubro-negro admite pressão da torcida e diz ter sofrido cobranças exageradas após ter seu número de celular vazado. Ocorridos quase fizeram o treinador 'chutar o balde'
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| Zé Ricardo abriu o jogo sobre pressão que sofreu neste período no Flamengo (Gilvan de Souza/Flamengo)
Fonte Fox: Há mais de um ano no comando do Flamengo, Zé Ricardo viveu altos e baixos neste período. Após assumir a vaga de Muricy Ramalho e colocar a equipe nas cabeças do último Campeonato Brasileiro, chegou fortalecido para 2017. Só que a queda precoce na fase de grupos da Conmebol Libertadores Bridgestone fez o treinador balançar. E quase que o ciclo na Gávea foi encerrado.
Em entrevista ao jornal O Globo, Zé abriu o jogo sobre o pior momento no profissional do Flamengo. A derrota para o Sport fez o técnico ter a pior fase dentro do Ninho do Urubu. Apesar de ter a confiança da diretoria, conviveu com muitas críticas da torcida. Estas que, segundo ele, quase o fizeram pedir demissão:
"Olha, eu não sei se cheguei ao ponto 100, mas cheguei perto. Porque a gente estava fazendo um esforço grande para sair do momento ruim e, mesmo assim, estava com dificuldade. E comecei a pensar se era culpa minha. Mas o pedido de demissão é uma derrota muito grande. Eu me coloquei numa situação de meu filho perguntar por que eu desisti. O que eu iria falar para ele, quando ele crescesse, para explicar? Refleti com a minha esposa e não tomei a decisão. Confesso que a pressão foi muito grande, mas entendi que era uma questão de provar a mim mesmo que era capaz de seguir", afirma Zé, que deu detalhes da ocasião:
"Aquele foi um momento agudo, mas até ali eu não pensava mais em pedir demissão. Mas a derrota para o Sport teve uma repercussão muito ruim, uma insatisfação da torcida. E eu respeito muito a torcida. Talvez, a palavra certa nem fosse pedir demissão, seria fazer um acordo com a diretoria para encerrar o trabalho. O clube me deu respaldo, a direção sempre foi honesta. A maior cobrança era minha. Eu estava tentando arrumar forçar para continuar.
Além de toda a pressão, Zé Ricardo conviveu com o ataque nas mídias sociais. Seu número pessoal do celular vazou e circulou entre grupos de Whatsapp. O que aumentou ainda mais a cobrança, que resultou até mesmo em ameaças:
"Foi uma invasão de privacidade. Começaram a chegar mensagens, algumas até dava força, outras agrediam e entravam até em ameaças à segurança. Tem que administrar e seguir".
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