Sampaoli chega ao Rio para se apresentar ao Flamengo: "Espero corresponder à toda expectativa"

Foto: Letícia Marques  
O treinador só iniciará os trabalhos na segunda-feira, mas já estará no Maracanã para acompanhar o jogo contra o Coritiba às 16h (de Brasília), na estreia do time no Campeonato Brasileiro. Ele chega ao clube com uma comissão técnica de seis integrantes. Entre eles, Gabriel Andreata, visto como braço-direito do treinador argentino e que tinha a função de gerente de futebol nas passagens pelo Atlético-MG e Santos, mas no Rubro-Negro será coordenador. 

- Feliz pela possibilidade e espero corresponder à toda expectativa que vocês têm. Sim (já conhecer jogadores do elenco ajuda), primeiro é chegar, diagnosticar e ver como estão. E depois propor um trabalho que seguramente dê resultados - declarou Sampaoli em rápida entrevista à "FlaTV", canal oficial do clube no YouTube. 

Sampaoli encarou uma maratona para chegar a tempo de ver o jogo deste domingo. Foram cerca de 20 horas de deslocamento, incluindo uma viagem de trem e três de avião. Os seis integrantes de sua comissão técnica também vieram no mesmo voo, mas só o preparador físico Pablo Fernández desembarcou junto com o treinador no salão nobre do Galeão. Os outros cinco (o coordenador Gabriel Andreata, o preparador físico Marcos Fernández, os auxiliares técnicos Diogo Meschine e Cristian Roberto Aran e o analista de desempenho Ezequiel Scher) saíram pelo saguão por conta da bagagem.

Antes das primeiras palavras do treinador, quem também deu entrevista foi Bruno Spindel. O diretor executivo de futebol rubro-negro.

- A gente está muito feliz com a contratação do Sampaoli. É um sonho antigo nosso, todas as vezes que foi possível para o Flamengo tentar sua contratação ele estava empregado. E agora a gente conseguiu e tenho certeza que vai ser um trabalho de muito sucesso. Flamengo, nossa torcida, o grupo, todos aqui vão ser muito felizes com ele comandando a equipe. Tenho certeza que vamos lutar por muitos títulos e se Deus quiser conquistar grandes títulos esse ano - declarou, completando com as características de Sampaoli que agradam à diretoria: 

- Principalmente de ter muita posse, ficar com a bola, de ser agressivo com e sem a bola, de buscar muitos gols. Acho que isso é o DNA do Flamengo, o que o nosso torcedor deseja e a gente para o clube, um treinador vencedor. E que tem a ver com as características do nosso elenco, de aproveitar muito esse lado ofensivo, técnico, de ficar com a bola e marcar muitos gols. 

O nome virou consenso entre os dirigentes rubro-negros após os resultados recentes e a incerteza pelo futuro de Jorge Jesus. O movimento é uma mudança na postura de espera pelo técnico português que está no Fenerbahçe, da Turquia. Mesmo sem unanimidade interna, o Fla deu uma semana para definir o futuro com o Mister, prazo que dependia de uma avaliação de risco. Após a derrota para o Maringá, na última quinta-feira, pela Copa do Brasil, a diretoria decidiu seguir em frente. 

Neste domingo, os muros da Gávea também amanheceram pichados com frases como: “Landim omisso”, “Fora Braz”, “Diálogo não está adianta, né?” e “Estamos sem liderança, volta Rafinha”. O clube agiu rápido e pintou as paredes nas primeiras horas da manhã. Apesar de ter sido uma opção impopular com a torcida, que queria Jorge Jesus, Sampaoli não foi citado nos protestos. 

Currículo no Brasil

Jorge Sampaoli é argentino, mas começou o sucesso no futebol no Chile, a partir de 2011, quando conquistou a Copa Sul-Americana com a Universidad do Chile - na campanha, eliminou o Flamengo nas oitavas de final com direito a uma goleada por 4 a 0 no Rio de Janeiro. 

Em 2012, assumiu o comando da seleção chilena e conquistou em 2015 a primeira Copa América da história do país. Em 2016, teve a primeira chance na Europa, no comando do Sevilla. A passagem foi rápida, e o destino seguinte foi a seleção da Argentina. 

Na Gávea, o treinador é credenciado pelo estilo de jogo, a experiência no futebol brasileiro e o entusiasmo do presidente Rodolfo Landim. Em 2019, no comando do Santos, ele foi o maior desafiante do Flamengo de Jorge Jesus e terminou o Brasileirão na vice-liderança. No ano seguinte, levou o Galo ao terceiro lugar. 

Os resultados positivos no Brasil o levaram de volta à Europa. Primeiro ao Olympique de Marselha, da França, onde ficou por pouco mais de uma temporada, teve bons números e pediu demissão após desentendimento com a diretoria. O último trabalho foi uma volta ao Sevilla, mas a passagem durou apenas cinco meses. Ameaçado de rebaixamento, o clube demitiu Sampaoli no dia 21 de março. 

Fonte: GE

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