Do soco ao gol perdido: a linha do tempo de Pedro nos últimos dias no Flamengo

Foto: Gil Gomes/AGIF

Pedro foi titular no jogo com o Cuiabá.

A agressão sofrida pelo atacante no último dia 29, no vestiário pós-vitória contra o Atlético-MG, reverberou nos dias que se passaram. Vítima pelo soco no rosto, Pedro se viu alvo de críticas após faltar ao treino na segunda-feira, dia 31.

Sem justificativa prévia, o atacante informou horas depois que não estava confortável em ir ao clube e ainda sentia dores. 

O primeiro passo para estancar o problema foi uma reunião entre Marcos Braz (vice-presidente de futebol) e Bruno Spindel (diretor executivo) com Pedro, os familiares e os empresários do jogador. A decisão era que o camisa 9 retornaria aos treinos. 
Porém, logo depois, o Flamengo decidiu aplicar uma punição pelo ato de indisciplina - ter se recusado a aquecer contra o Atlético-MG e ter faltado ao treinamento. 

Pedro foi suspenso do jogo do Olimpia, além de ter recebido uma multa. 

Passado o jogo do Olimpia, a expectativa era a utilização de Pedro contra o Cuiabá. Sampaoli, como de costume, misterioso quanto ao time não deu certeza quanto a titularidade de Pedro. As indicações eram de um Flamengo com o camisa 9 comandando o ataque. A confirmação veio somente uma hora antes da partida. A expectativa se transformou: como será a atuação de Pedro? 
 
A verdade é que a exibição coletiva do Flamengo não ajudou o atacante a ter destaque. Em uma noite pouquíssimo criativa, a bola pouco chegou ao ataque rubro-negro, o que limitou Pedro.

Apesar de quase não ter sido acionado, o atacante foi quem mais finalizou pelo Flamengo: três chutes, sendo dois no alvo.

Ao todo, o time carioca arriscou nove vezes. 
A primeira vez que Pedro arriscou foi no fim do primeiro tempo, de bicicleta, em uma jogada que quase terminou em assistência para Gerson. 

Já na segunda etapa, um cabeçada aos 22 minutos pouco causou perigo ao goleiro Walter. 

A chance mais clara foi desperdiçada. Nos acréscimos, Pedro recebeu sozinho na entrada da área, conduziu a bola de forma lenta, a marcação chegou e Walter fechou o ângulo. O atacante ainda tentou tocar de letra, mas não teve sucesso e a bola ficou com o Cuiabá.

A atuação de Pedro foi protocolar em um Flamengo que não brilhou em Cuiabá. O silêncio no vestiário foi geral após a derrota por 3 a 0. Não foi diferente com o atacante, que ainda vive uma relação distante da comissão técnica. 

Apesar da relação fria entre jogador e técnico, o discurso da direção é de que "o assunto Pedro está resolvido". Publicamente, o presidente Rodolfo Landim foi o único a falar sobre o caso. Havia a expectativa de que Pedro se pronunciasse após a partida do Cuiabá, porém, não houve zona mista na Arena Pantanal. 

Internamente, o Flamengo acredita que a situação foi contornada. Há, porém, outra ala do clube que aguarda os próximos capítulos para determinar o desenrolar desta história. 

O próximo compromisso de Pedro com o Rubro-Negro é a partida contra o Olimpia, pelo jogo de volta das oitavas da Libertadores, na quinta-feira. 

Abraçado em Cuiabá

Pedro voltou a sentir o calor da torcida do Flamengo nesta viagem. Cerca de 200 pessoas acompanharam a recepção da delegação no hotel da concentração, e o atacante foi um dos únicos a falar com os torcedores. O camisa 9 foi muito aclamado e diversas crianças tietavam o jogador.  

Recusa milionária

O posicionamento de Rodolfo Landim foi além das palavras e o Flamengo não facilitou a saída de Pedro. O clube recusou uma oferta de 18 milhões de euros (R$ 97 milhões) do Benfica por 80% dos direitos econômicos sem sequer sentar para conversar. 
O presidente afirmou que o atacante só deixará o Flamengo caso a multa rescisória seja paga. Pedro renovou o contrato no início do ano, passou a ter um dos maiores salários do elenco e assinou até o fim de 2027 com multa de 60 milhões de euros para o exterior. O valor para o mercado doméstico é maior: 100 milhões de euros. 

Fonte: GE