Gabigol — Foto: Flamengo |
Atacante volta a marcar e segue como principal finalizador da equipe, mas participação cai.
Gabigol terminou o ano de 2022 muito participativo, começou a temporada atual como titular do Flamengo ao lado de Pedro, depois disse que brigaria pela vaga de centroavante com o camisa nove, e, mesmo tendo tomado a posição, hoje já não é mais intocável.
Sob o comando de Sampaoli, o camisa 10 tem apresentado uma queda de produção em termos de desempenho e também nos números. Contra o Coritiba e o Grêmio, deu lugar a Luiz Araújo. Diante do São Paulo, Pedro entrou em seu lugar. As substituições se tornaram regulares.
A importãncia de Gabigol, entretanto, não pode ser minimizada. Ele ainda é o jogador do Flamengo com maior média de finalizações por jogo na Copa do Brasil e no Brasileiro. No mata-mata são apenas 1,57 em sete partidas. Nos pontos corridos, 1,27 por jogo.
Pedro vem em seguida, com 1,2 por jogo na Copa do Brasil e 0,75 de média no Brasileiro, com menos minutos jogadores nas duas ocasiões. Mesmo tendo voltado a atuar com Sampaoli, ainda não foi titular.
O técnico rendeu elogios a Luiz Araújo, mas o ponta não tem a função de goleador. Caso queira começar com o reforço, Sampaoli poderia optar por ter Bruno Henrique como “nove”, algo que já tem experimentado ao longo das partidas.
Não é possível dizer que Gabi tem a sua titularidade ameaçada, até por que o técnico não tem escalação fixa e muda de acordo com o adversário. Mas o momento do camisa 10 não é bom. O problema é que o do camisa nove também não é.
As duas últimas partidas foram decididas com gols de Arrascaeta e de Gerson. Os meias têm sido termômetros das atuações do Flamengo, que tem vencido mesmo quando Gabigol não resolve. O próximo compromisso é no sábado, diante do Internacional, quando Gerson estará suspenso.
Meias também sem vaga cativa
O Flamengo terá a semana livre para treinamento e Sampaoli deve manter a ideia de um meio-campo mais reforçado, para que os meias tenham mais liberdade. Everton Ribeiro perdeu espaço e não deve ser a opção ao lado de Arrascaeta. Hoje, no Flamengo é um ou outro.
O retorno de Pulgar e a ascensão de Victor Hugo faz com que o Flamengo não tenha mais vaga cativa para seus meias mais talentosos. Sampaoli ou mexe no time ou nem escala um deles, com o objetivo de ter uma equipe mais compacta e combativa.
A contratação de Allan já serviu a este propósito, ainda que o volante não venha jogando com regularidade. Thiago Maia perdeu espaço com o treinador, mas segue sendo acionado sempre. Com o revezamento de peças, a ideia é manter a intensidade da equipe os noventa minutos e evitar o que aconteceu contra o Coritiba, quando há uma queda física brusca de um tempo para o outro.
As mexidas de Sampaoli não surtiram o efeito esperado e por pouco a vitória não escapou fora de casa. Com a semana livre, também haverá tempo de descanso e de aprimorar o condicionamento do elenco, desgastado nas últimas semanas.
Fonte: O Globo
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