Foto: André Durão |
Mas como no futebol os resultados costumam valer mais do que palavras, no clássico deste sábado há bem mais do que três pontos em jogo para Sampaoli. O duelo contra o líder, às 21h (de Brasília) no Nilton Santos, onde o Botafogo venceu todas as suas partidas até aqui no Campeonato Brasileiro, é um desafio e tanto para o técnico buscar uma vitória e tentar recuperar seu crédito com torcedores, dirigentes, membros do departamento de futebol e elenco.
Os jogadores, aliás, são uma ponta importante da equação. Independentemente da relação com o elenco, que no geral é fria, as ideias de jogo do técnico ainda suscitam dúvidas, apesar dos treinamentos terem uma aceitação positiva no grupo. Há atletas que consideram o trabalho bom pelo lado ofensivo, mas por outro lado deficitário na parte defensiva. Adepto do estilo posicional, Sampaoli ainda não conseguiu implementar o seu modelo de jogo.
E se antes de chegar ao clube ele dizia que os treinadores é que devem se adaptar ao elenco, no Flamengo ele vem repetindo que ainda não convenceu o time a jogar da forma que considera ideal.
- O projeto está relacionado com a execução de uma forma de jogar. E a respeito dessa situação, durante o maior tempo possível. Esses são os times que marcam o tempo. Meu desafio é convencer um grupo que tem jogadores com características para isso, que tem jogado de outra forma e ganhado de outra forma, tentar jogar da forma que eu quero - disse na coletiva após a vitória sobre o Coritiba no mês passado.
Sampaoli tem uma vitória na carreira no Estádio Nilton Santos: foi em 2019, quando dirigia o Santos e ganhou por 1 a 0, com gol de Marinho, pelo Brasileirão. Nos outros dois jogos que disputou no Engenhão, o treinador perdeu por 2 a 1 com o Atlético-MG, na Série A de 2020, e com o Emelec, do Equador, por 2 a 0 na Sul-Americana de 2009.
Se uma vitória neste sábado vale alguns dias de paz a Sampaoli, uma derrota para o Botafogo é capaz de azedar ainda mais o clima. Dentro do Ninho do Urubu e também na Gávea já há forte resistência ao trabalho do argentino, e a insatisfação tende a aumentar dependendo do tamanho do estrago no Nilton Santos. Um revés pode tirar o Flamengo do G-4 e cair até três posição na tabela de classificação.
Fonte: GE
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